
Semiopédia:
Dados Vitais:
• Febre: TCaxilar>37,5°C resultante da elevação do ponto de ajuste do termostato hipotalâmico (alguns consideram como febre se >37,8°C).
• Hipertermia: A elevação da temperatura corporal é periférica e não há alteração no ponto de ajuste do termostato hipotalâmico. Sendo assim, não sofre interferência de substâncias antitérmicas.
•Alopécia: redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área da pele.
•Hirsutismo: crescimento excessivo de pelos terminais na mulher, em áreas anatomicamente características de distribuição masculina.
•Madarose: perda dos cílios ou sobrancelhas.
•Mancha ou mácula: alteração circunscrita da cor da pele sem modificação da textura ou relevo.
o Eritema: manchas vasculossanguíneas; podem ser transitórios ou permanentes.
Enantema (transitório): eritema com acometimento da mucosa.
Exantema (transitório): aparecimento súbito e com tendência à generalização. Pode ser:
• Morbiliforme ou rubeoliforme: eritema entremeado com áreas de pele sã;
• Escarlatiniforme: difuso e uniforme.
Telangiectasia (permanente): dilatação permanente do calibre de pequenos vasos
o Púrpura: há extravasamento de hemácias e não desaparece à vitropressão.
Petéquia: lesões puntiformes.
Víbice: petéquias lineares.
Equimose: ver “Hematoma”.
Hematoma: difere-se da equimose por ocorrer extravasamento suficiente de sangue para produzir elevação da pele.
• Pápula: elevação circunscrita palpável menor que 0,5cm.
• Placa: lesão em forma de disco, por extensão ou coaslescência de pápulas ou nódulos.
• Tubérculo: lesão de consistência dura, elevada com mais de 0,5cm em que deixa cicatriz ao involuir.
• Nódulo: lesão mais palpável que visível, maior que 1cm.
• Nódulos de Osler: zonas endurecidas, vermelhas e dolorosas, nas polpas digitais, presente na endocardite bacteriana.
• Tumoração: lesão maior que 3cm.
• Vegetação: crescimento exofítico pela hipertrofia das papilas dérmicas.
• Vesícula: conteúdo claro com menos de 0,5cm e intra-epidérmica.
• Bolha: em abóbada e com mais de 0,5cm.
• Pústula: lesão de conteúdo purulento até 1cm.
• Abscesso: coleção purulenta, proeminente e circunscrita, tamanho variável, flutuante, dermohipodérmica ou subcutânea, com rubor, dor e calor (quente) ou não (frio).
• Liquenificação: aumento dos sulcos e saliências.
• Úlcera: lesão que acomete toda a derme e/ou hipoderme.
• Fístula: trajeto linear sinuoso e profundo com eliminação de substâncias.
Pele e Fâneros:
Cabeça e Pescoço:
• Xantopsia: visão amarelada.
• Iantopsia: visão violeta.
• Cloropsia: visão verde.
• Vertigem: sensação alucinatória de caráter rotatório:
o Subjetiva: sensação de estar girando em torno dos objetos;
o Objetiva: os objetos girando em torno de si.
• Bócio: aumento da glândula tireóide
• Otalgia: sintoma de dor no ouvido, englobando a dor originada na orelha (externa, média ou interna) ou secundária, quando a etiologia não está na orelha.
• Otorreia: saída de secreção através do ouvido.
• Otorragia: perda de sangue pelo canal auditivo
• Otalgia: dor de ouvido.
• Zumbido: sensação subjetiva de diferentes tipos de ruídos (campainha, grilos, apito, chiado, cachoeira, jato de vapor, zunido).
• Epistaxe: sangramento nasal; provém do trato respiratório superior.
• Odinofagia: dor ao deglutir.
• Halitose: mau hálito.
Aparelho Respiratório:
•Dispneia: respiração indolor, porém desconfortável e inadequada ao nível de esforço.
• Pneumotórax: presença de ar no espaço pleural.
• Ortopneia: dificuldade de respiração, exceto quando em posição sentada ou ereta.
• Dispneia paroxística noturna:
• Tosse: consiste numa inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, de contração de músculos respiratórios, principalmente o diafragma, terminando numa expiração forçada após a abertura súbita da glote.
o Aguda: início inferior a 3 semanas.
o Subaguda: de 3 a 8 semanas.
o Crônica: acima de 8 semanas.
• Hemoptise: consiste em tossir ou cuspir sangue, podendo variar de escarro com rajas de sangue a sangue puro; provém do trato respiratório inferior.
• Hemoptise maciça: a partir de 600ml de sangue eliminado em 24h.
• Escarro: material expectorado proveniente do trato respiratório inferior, usualmente trazido pela tosse e eliminado pela boca; traduz a natureza da anormalidade presente nos pulmões.
• Baqueteamento digital: Transformação da extremidade dos dedos com a forma em baqueta de tambor, o que pode ser observado em doenças pulmonares crônicas, endocardite infecciosa, doenças cardíacas congênitas cianóticas ou como anomalia congênita não associada a outras doenças.
• Tipos de tórax:
o Chato/Plano: a parede anterior perde sua convexidade normal, havendo por isso redução do diâmetro ântero-posterior; as costelas aumentam sua inclinação, os espaços intercostais se reduzem e o ângulo de Louis torna-se mais nítido; as clavículas são mais oblíquas e salientes, e as fossas supra e infra-claviculares, mais profundas;
o Tonel/Barril: aumento exagerado do diâmetro ântero-posterior, maior horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, o que torna o tórax mais curto. Exemplo: enfisematosos do tipo “soprador rosado”.
o Infundibuliforme/Sapateiro (pectus excavatum): caracteriza-se por uma depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica; em geral, essa deformidade é de natureza congênita.
o Cariniforme (pectus carinatum): o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando num tórax que se assemelha ao das aves (de pombo); pode ser de origem congênita ou adquirida (raquitismo na infância).
o Piriforme/Cônico/Em sino: tem sua parte inferior exageradamente alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino; encontrado nas hepatoesplenomegalias e ascites volumosas.
• Cifose: aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, vulgarmente designada “corcunda”; a causa mais comum é vício de postura.
• Lordose (cervical ou lombar): encurvamento da coluna vertebral, formando concavidade para trás; decorre de alterações de vértebras ou de discos intervertebrais.
• Escoliose: desvio lateral da coluna em qualquer segmento vertebral, sendo mais frequente na coluna lombar ou lombodorsal; pode ser de origem congênita ou secundária a alterações das vétebras ou dos músculos paravertebrais.
• Frêmito tátil: consiste nas vibrações palpáveis transmidas da árvore pulmonar para a caixa torácica quando o paciente fala.
Aparelho Cardiovascular:
• Ictus cordis: ponto de impulso máximo ou impulso apical; origina-se com o toque do coração à parede torácica anterior no movimento antihorário durante a sístole.
• Angina: Sintoma que se manifesta por crises dolorosas, opressão e angústia no peito. As dores são localizadas atrás do esterno e irradiam-se para os membros, queixo ou costas. A crise pode ser causada pelo esforço físico, por emoção violenta, refeição copiosa ou exposição ao frio.
o Estável: Doença coronariana crônica que se caracteriza clinicamente pela angina desencadeada aos esforços, que piora de forma gradual, que melhora com o repouso e com uso de nitratos, com duração em média de 5 minutos, sendo nunca superior a 10 minutos. Relaciona-se com a presença de uma obstrução fixa no sistema coronariano, causando déficit de suprimento sangüíneo e portanto de oxigênio ao miocárdio.
o Instável: Dor pré-cordial no repouso, a qual pode preceder um infarto do miocárdio.
• Palpitação: percepção desagradável de batimentos cardíacos vigorosos ou rápidos.
• Edema: representa acúmulo exagerado de líquidos nos espaços teciduais intersticiais.
Aparelho Gastrointestinal:
• Inapetência ou anorexia: perda de apetite.
• Anorexia nervosa: condição psiquiátrica caracterizada por desordem alimentar no qual o paciente restringe a ingestão calórica e pode induzir vômitos para perder peso.
• Intolerância alimentar: reação adversa desencadeada por um alimento ou ingrediente; não involve o sistema imunitário; ocorre devido à má digestão de um alimento específico ou ingrediente de um alimento.
• Pirose (“azia”): sensação de queimação ou quentura na região retroesternal, que pode irradiar-se do epigástrio até o pescoço; geralmente é originada no esôfago.
• Regurgitação: presença de conteúdo esofágico ou gástrico na boca por retorno involuntário, sem esforço e desacompanhado de náuseas ou ânsia de vômitos ou vômitos.
• Hematêmese: vômitos em borra de café ou sangue vermelho vivo; é a manifestação do sangramento digestivo alto.
• Empachamento/plenitude gástrica: sensação desagradável após refeições normais ou saciedade precoce.
• Dispepsia: desconforto crônico ou recorrente, centrado no abdome superior, sendo o desconforto caracterizado por plenitude, saciedade precose, distensão ou náuseas (Consenso de Roma II).
• Hábito intestinal “normal”: evacuações com fezes consistentes , eliminadas uma ou mais vezes ao dia, ou ainda uma evacuação a cada dois dias.
• Constipação/obstipação: presença, ao longo de 12 semanas, consecutivas ou não, nos últimos 12 meses, de 2 ou mais dos seguintes critérios em 25% ou mais das evacuações:
1. Dificuldade ou esforço para evacuar;
2. Sensação de evacuação incompleta;
3. Sensação de bloqueio ou obstrução anorretal;
4. Manobras manuais para facilitar evacuação;
5. Fezes duras ou em síbalos;
6. Menos de 3 evacuações por semana.
• Tenesmo: esforço para evacuar associado com pouco ou nenhum resultado.
• Diarreia: alteração no hábito intestinal com aumento da frequência e volume das evacuações e diminuição da consistência das fezes:
o Alta: evacuações sem cólica ou com cólicas discretas; sem tenesmo; fezes de coloração clara ou normal, consistência variável, sem muco, pus ou sangue vivo, podendo haver sangue digerido ou restos alimentares mal digeridos; às vezes volumosas, brilhantes, com odor rançoso, flutuando na água (má-absorção); fezes com baixa frequência e mais volumosas
o Baixa: presença de cólicas, tenesmo, fezes de consistência variável, podendo conter muco, pus ou sangue vivo, em algumas ocasiões acompanhada de febre, não há restos alimentares; fezes pouco volumosas com maior frequência
o Aguda: inferior a 14 dias
o Crônica: superior a 14 dias
• Disfagia: dificuldade para deglutir correspondendo à sensação de que o alimento ou líquido está colando, empacando ou que não desce pela garganta.
• Náusea: sensação incômoda e desagradável de necessidade de vomitar, podendo progredir para ânsia de vômito ou vômitos.
• Ânsia de vômito: são movimentos espasmódicos do tórax e do diafragma que precedem e culminam em vômitos.
• Vômitos: expulsão forçada dos conteúdos gástricos pela boca decorrente da contração da musculatura toracoabdominal e intestinal.
• Vômito bilioso: apresentam conteúdo de cor amarelo-esverdeado sugestivo de bile.
• Vômito fecalóide: apresentam características como odor pútrido e cor escura; resultam de obstrução intestinal baixa, como no volvo.
• Vômito em jato: vômito que não é precedido de náuseas.
• Halitose: sensação subjetiva de odor desagradável que emana da boca percebido pelo paciente e/ou circunstantes.
• Aftas: erosão ou úlceras da cavidade oral circunscritas e dolorosas, comumente recobertas por pseudomembranas fibrosas.
• Esteatorreia: fezes amareladas e volumosas ou oleosas e cinzentas de odor fétido, às vezes espumosas ou que flutuam no vaso sanitário.
• Melena: fezes enegrecidas (tipo borra de café).
• Enterorragia: sangramento vivo de maior volume.
• Hematoquezia: pequeno sangramento, em geral, associado à eliminação de fezes formadas.
• Flatulência: percepção subjetiva ou objetiva do aumento da eliminação de gases pelo ânus.
• Icterícia: Coloração amarelada que adquire a pele e mucosas, devido ao aumento nas taxas sangüíneas de bilirrubina.
• Colúria: presença de pigmentos biliares na urina.
• Acolia fecal: redução acentuada ou ausência da secreção biliar.
• Valsalva: manobra de apnéia em expiração forçada, aumentando a pressão no espaço faringeano, podendo fazer estimulação vagal e desobstruir as trompas de Eustáquio.
• Teste da macicez móvel (macicez de decúbito): após delimitar as áreas de macicez e timpanismo, peça ao paciente que vire de lado; na ascite, a macicez desloca-se para o lado de maior declise, enquanto que o timpanismo desloca-se para cima.
• Teste da onda líquida (sinal do piparote): solicite ao paciente ou a um assistente que comprima a linha média do abdome do paciente com firmeza, usando as bordas das mãos. Essa compressão ajuda a interromper a transmissão de ondas através da gordura. Percuta simultaneamente um dos flancos com a ponta dos dedos, e com a outra mão tente sentir no flanco oposto um impulso transmitido pelo líquido.
• Semi-círculo de Skoda: como o líquido ascítico tipicamente se dispõe segundo a gravidade, a percussão das regiões inferiores do abdome evidencia macicez.
• Sinal de Blumberg: dor no quadrante inferior direito induzida pela descompressão rápida (comprima, profunda e uniformemente, o quadrante inferior esquerdo e, em seguida, retire rapidamente seus dedos).
• Sinal de Rovsing: dor no quadrante inferior direito durante a compressão do lado esquerdo (sugere apendicite)
• Sinal do psoas: coloque sua mão imediatamente acima do joelho direito do paciente e peça a ele que eleve a coxa contra sua mão; outra alternativa é pedir ao paciente que que se vire para o lado esquerdo e esticar a perna direita do mesmo na altura do quadril. A intensificação da for abdominal provocada por uma dessas manobras constitui um sinal do psoas positivo, sugestivo de iritação do músculo psoas por um apêndice inflamado.
• Sinal do obturador: flexione a coxa esquerda do paciente na altura do quadril, com o joelho dobrado, e gire a perna para dentro, na altura do quadril. Dor no hipogástrio direito constitui sinal do obturador positivo, que é sugestivo de irritação do músculo obturador por um apêncice inflamado.
• Sinal de Murphy: posicione o seu polegar esquerdo ou os dedos da mão direita, em garra, sob o rebordo costal direito, no ponto onde a borda lateral do músculo reto fizer interseção com o gradil costal. Solicite ao paciente que respire fundo e observe sua respiração e o grau de hipersensibilidade. O aumento súbito da dor com uma brusca interrupção do esforço inspiratório constitui o sinal de Murphy positivo da colecistite aguda.
• Bexigoma: bexiga aumentada por acúmulo de urina (retenção urinária).
Aparelho Genitourinário:
• Disúria: dor à micção, em geral, sentida como uma sensação de queimação.
• Estrangúria: emissão lenta e dolorosa da urina decorrente de espasmos da musculatura do trígono e do colo vesical.
• Urgência urinária: desejo anormalmente intenso e imediato de urinar, que, às vezes, provoca a eliminação involuntária de urina (incontinência por urgência).
• Incontinência urinária: perda involuntária de urina
o De esforço: o esfíncter uretral fica enfraquecido, de modo que aumentos transitórios da pressão intrabdominal (tosse, espirro, riso, pegar peso) elevam a pressão da begixa para níveis capazes de ultrapassar a resistência da uretra.
o De urgência: as contrações do músculo detrusor são mais intensasdo que o normal e sobrepujam a resistência normal da uretra.
o Por transbordamento: as contrações do músculo detrusor são insuficientes para ultrapassar a resistência uretral, então, quando aumentada, a pressão da bexiga ultrapassa a pressão da uretra, provocando perda involuntária de urina.
o Incontinência funcional: trata-se de uma incapacidade funcional de chegar em tempo ao banheiro, devido a condições do ambiente ou a um comprometimento de saúde.
o Secundária à medicamentos: sedativos, tranquilizantes, anticolinérgicos, diuréticos.
• Enurese: incapacidade de reter urina durante o sono.
• Polaciúria: micção anormalmente frequente.
• Poliúria: aumento significativo do volume urinário de 24h, definido grosseiramente como superior a 3 litros.
• Oligúria: diurese inferior a 400mL em 24h.
• Anúria: diurese inferior a 100mL em 24h.
• Nictúria: aumento da frequência urinária à noite, às vezes definido pelo fato de o paciente acordar mais de uma vez para urinar.
• Hematúria: presença de sangue na urina.
• Hesitação: dificuldade de iniciar a micção.
• Cistite: inflamação da bexiga urinária.
• Orquite: inflamação de um testículo.
• Orquiocele: hérnia escrotal.
• Menopausa: É o momento, na vida da mulher, em que seus períodos menstruais terminam. É considerada menopausa, a não-ocorrência de períodos menstruais por 12 meses consecutivos. Não são identificadas causas biológicas ou psicológicas para esse fato. É o final da fertilidade. A menopausa natural ocorre quando os ovários, naturalmente, começam a diminuir a produção de estrogênio e progesterona. A menopausa induzida ocorre quando os ovários são cirurgicamente removidos ou quando prejudicados pela radiação ou medicamentos. Devido à bruta queda de produção de hormônios ovarianos, a menopausa induzida causa fogacho e secura da vagina. A menopausa que ocorre antes da mulher completar 40 anos, seja natural ou induzida, acarreta grandes riscos de doença do coração e osteoporose. Não há relação entre o tempo do 1º período menstrual da mulher e a sua época de menopausa. A ocorrência da menopausa não é influenciada pela altura, número de filhos ou uso de contraceptivos.
• Menorragia: exagero de sangramento menstrual, quer em quantidade, quer em duração.
• Menstruação retrógrada: retorno do fluxo menstrual para dentro da cavidade pélvica.
• Dismenorreia: menstruação dolorosa, também conhecida como cólica mentrual.
• Metrorragia: sangramento uterino, normalmente irregular ou acíclico, entre os períodos.
• Metrorreia: corrimento mucoso que tem origem no útero.
• Metrosalpingite: inflamação localizada no útero e nas tubas.
Aparelho Osteoarticular:
• Artralgia: dor articular.
• Artrite: designa inflamação em alguns dos componentes da estrutura articular (cartilagem articular, osso subcondral, membrana sinovial).
• Osteoartrite ou artrose: doença articular degenerativa e progressiva que resulta de mudanças bioquímicas e estresses biomecânicos que afetam a cartilagem articular, e que pode causar dor articular e rigidez e redução da funcionalidade articular, especialmente em pessoas idosas.
• Sinovite: inflamação da membrana sinovial e, geralmente, se manifesta por rubor, edema, calor, limitação de movimento e dor.
• Crepitação: é o atrito audível ou palpável durante o movimento (estalos isolados são ruídos normais provocados por deslizamentos de tendões ou ligamentos sobre a superfície óssea).
• Entesite: inflamação das ênteses, que são as inserções dos tendões nos ossos.
• Dactilite (“dedo gordinho”): aumento de volume de todo o dedo pela inflamação articular e dos tendões (tenossinovite).
• Fenômeno de Raynaud: sensação de frio ou de dor acompanhada de mudança de coloração das mãos e dos pés desencadeadas por temperaturas baixas ou estresse emocional. Possui 3 fases: palidez (espasmo de arteríolas), cianose (shunts arteriovenosos) e eritema (reversão do vasoespasmo).
• Fraqueza: incapacidade do movimento pela perda de força muscular.
• Instabilidade: movimento articular além de seus planos normais, ocasionada por alterações ligamentares por inflamação ou trauma, alteração de superfícies ósseas ou fraqueza muscular.
• Rigidez articular: desconforto ou restrição ao iniciar o movimento após períodos de repouso de pelo menos 1 a 2 horas.
• Monoarticular: 1 articulação.
• Oligoarticular: 2 a 4 articulações.
• Poliarticular: 5 articulações ou mais.
• Órtese: equipamento médico implantável ou não, usado no ser humano como substitutivo de uma função ou estrutura anatômica.
Sistema Neurológico:
Cognição
• Afasias: consistem na perda da capacidade (total ou parcial) do uso da simbologia verbal na expressão ou compreensão de ideias, pensamentos ou emoções; o distúrbio é atribuído à lesões apenas das áreas corticais relacionadas à linguagem.
• Agnosias: incapacidade de reconhecer objetos
o Agnosia visual: incapacidade de reconhecer pela visão
Prosopagnosia: incapacidade de reconhecer rostos familiares (é a mais comum)
o Agnosia auditiva: incapacidade de reconhecer pela audição
Fonagnosia: incapacidade de reconhecer vozes familiares
Amusia: incapacidade de reconhecer sons musicais
o Agnosia tátil: incapacidade de reconhecer pelo tato
• Apraxias: incapacidade de realizar um ato motor sob comando na ausência de déficits motores, sensitivos ou de coordenação.
Sistema motor
Equilíbrio estático
• Sinal de Romberg positivo: o paciente se mantém em pé, com os pés juntos (o examinados coloca seu próprio pé entre os pés do paciente para obter a distância correta), e fecha os olhos. Observa-se tendência à queda e oscilações.
• Sinal do Magneto: observar de está presente durante o teste do sinal de Romberg; o paciente procura “fincar os pés no chão”; não sugere nenhuma causa de desequilíbrio em particular.
• Astasia: incapacidade de ficar de pé.
Equilíbrio dinâmico
• Teste da marcha de Fukuda: pede-se ao paciente para marchar sem deslocar-se, de olhos fechados; são considerados resultados patológicos se houver deslocamento maior que 1m e/ou rotação superior a 30°.
• Teste de Babinski-Weil: pede-se ao paciente para dar sete passos para frente e sete passos para trás cinco vezes, de olhos fechados; observa-se tendência à formação de uma estrela.
• Abasia: incapacidade de deambular.
Movimentos involuntários
• Discinesias orofaciais: movimentos rítmicos, repetitivos e bizarros, que comprometem principalmente a face, boca, mandíbula e língua: caretas, franzir os olhos, protrusões da língua, abertura e fechamento da boca, e desvios da mandíbula; as extremidades e o tronco são acometidos com menos frequência.
• Tiques: movimentos breves, repetitivos e estereotipados e coordenados, que ocorrem em intervalos regulares; ex: piscadelas, caretas e ato de encolher os ombros de forma repetitiva.
• Coréia: movimentos breves, rápidos, bruscos, irregulares e imprevisíveis; ocorrem em repouso ou interrompem movimentos coordenados normais e raramente se repetem.
• Atetose: movimentos mais lentos e contorcivos que os movimentos coreiformes, além de apresentarem maior amplitude; costumam comprometer a face e as extremidades distais.
• Fasciculações: movimentos involuntários de feixes de fibras musculares visíveis sobre a pele, perceptíveis ou não; podem ocorrer após fadiga; indicam irritabilidade anormal do nervo motor ou do corpo celular dos neurônios motores.
Musculatura
• Espasticidade: aumento do tono muscular (hipertonia) que é velocidade dependente
o O tono é maior quando a movimentação passiva é rápida
o O tono é menor quando a movimentação passiva é lenta
• Sinal do canivete: grande resistência inicial ao estiramento passivo do músculo que cessa abruptamente, de modo semelhante ao abrir e fechar de um canivete; pode ser constatado na espasticidade.
• Rigidez: aumento do tono muscular (hipertonia) que persiste durante toda a amplitude do movimento, independente da velocidade do movimento.
• Sinal da roda denteada: o estiramento lento do músculo encontra resistência aumentada que se reduz e volta a se opor ao movimento sucessivamente, de modo semelhante ao que se observa quando uma engrenagem defeituosa se movimenta
• Flacidez: perda ou diminuição do tono muscular (hipotonia).
• Graduação da força muscular:
0- Não se detecta qualquer força muscular
1- Um abalo quase imperceptível ou um traço de contração
2- Movimento ativo da parte do corpo com neutralização da gravidade
3- Movimento ativo contra a gravidade
4- Movimento ativo contra a gravidade e alguma resistência
5- Movimento ativo contra a resistência total sem fadiga evidente; representa a força muscular normal
• Paresia: redução da força muscular.
• Plegia: ausência de força muscular.
• Monoplegia (paresia): quando um segmento é afetado.
• Hemiplegia (paresia): quando um hemicorpo é afetado.
• Paraplegia (paresia): quando os membros simétricos são afetados; afeta os MMII, ou toda parte inferior do corpo.
• Tetraplegia (paresia): quando os 4 membros são afetados.
• Manobra de Mingazzini: o paciente deve permanecer em decúbito dorsal com as coxas semifletidas, formando um ângulo reto com o tronco; as pernas devem permanecer na horizontal e os pés na vertical (MMII). O paciente, sentado, mantém os membros superiores estendidos para frente no plano horizontal, com os dedos afastador entre si (MMSS). Normalmente as posições podem ser mantidas por 2 minutos ou mais.
• Manobra de Barré: o paciente permanece em decúbito ventral com as pernas semifletidas, formando um ângulo reto com as coxas; as pernas devem permanever na vertical e os pés na horizontal; normalmente essa posição pode ser mantida por 2 minutos ou mais.
• Manobra de Reimiste: o paciente em decúbito dorsal flete os antebraços sobre os braços formando um ângulo reto, mantendo as mãos espalmadas e os dedos afastados entre si; normalmente essa posição pode ser mantida por 2 minutos ou mais.
Coordenação
• Diadococinesia: capacidade de realizar movimentos alternados e sucessivos
Reflexos
• Graduação:
4+: muito vigorosos, hiperativos, com clono;
3+: mais vigorosos que a média, possível, mas não necessariamente indicativo de patologia;
2+: médios, normais;
1+: um pouco diminuídos: limite inferior da normalidade;
0+: ausência de resposta.
Sensibilidade
• Anestesia: desaparecimento de uma modalidade sensorial, mais frequentemente utilizada para perda da sensibilidade tátil.
• Hiperestesia: aumento da intensidade ou duração sensorial produzida por um estímulo.
• Hipoestesia: diminuição da intensidade ou duração sensorial produzida por um estímulo.
• Analgesia: perda da sensação dolorosa.
• Hipoalgesia: estado de redução da sensibilidade à dor caracterizada por diminuição da sensibilidade nonoceptiva.
• Hiperalgesia: sensibiliade exagerada à dor; sensação elevada a estímulos dolorosos, podendo ser seguida a danos dos tecidos macios contendo nociceptores ou lesão a um nervo periférico.
• Parestesia: sensações espontâneas (sem estímulos externos)de dor, formigamento, alfinetadas ou queimação.
• Disestesia: sensações distorcidas e desagradáveis de estímulos normalmente inócuos.
• Alodínea: percepção de estímulo não doloroso como estímulo doloroso e de alta intensidade.
• Hiperpatia: o limiar para estímulos dolorosos se encontra elevado, mas com estímulos sucessivos de baixa intensidade pode-se desencadear dor violenta.
• Estereognosia: capacidade de identificar um objeto por palpação.
• Grafestesia: identificação de números desenhados na palma da mão.
• Panestesia: alteração de todos os tipos de sensibilidade
Sinais de irritação meníngea
• Rigidez de nuca: pesquisada fletindo-se o pescoço do paciente (em decúbito dorsal).
• Sinal de Brudzinski: presente quando, ao tentar fletir passivamente o pescoço do paciente, ocorre ligeira flexão das coxas e do joelho.
• Sinal de Kernig: presença de dor e resistência quando, com o paciente em decúbito dorsal e as coxas semifletidas, formando um ângulo de 90° com o tronco, tenta-se estender o joelho do mesmo.
• Sinal de Lasègue: caracteriza-se por dor lombar irradiada para a face posterior do membro inferior quando este é elevado passivamente pelo examinador, que impede com a outra mão que o joelho seja fletido.
Pares cranianos
• Anosmia: perda total do olfato.
• Hiperosmia: aumento do olfato.
• Parosmia: percepção alterada de um odor.
• Cacosmia: sensação de odor fétido.
Você não achou o que procurava?
Deixe-nos sua dúvida,
LASEMI
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